Conare e Sebrae irão oferecer curso de empreendedorismo para refugiados
Projeto
Refugiado Empreendedor tem como objetivo estimular a formalização, capacitar
imigrantes para gerirem seus negócios e facilitar acesso ao crédito
Brasília, 1º/4/16 - Refugiados e solicitantes de refúgio que escolheram o
Brasil para viver poderão encontrar no empreendedorismo uma boa oportunidade de
recomeço. Parceria entre o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) e o
Sebrae irá capacitar imigrantes que chegaram aqui após sofrerem perseguições em
seus países por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social e
opinião política, ou que deixaram seus lares por conta de violações de direitos
humanos, em especial aquelas decorrentes de guerras e conflitos armados.
O projeto Refugiado Empreendedor foi lançado nesta sexta-feira (1º), no
escritório do Sebrae Nacional, em São Paulo, e vai oferecer cursos gratuitos de
empreendedorismo a refugiados, que serão ministrados a distância e presencialmente.
Nessa fase piloto, devem ser capacitados 250 refugiados na capital paulista.
Para
o presidente do Conare, Beto Vasconcelos, além de seu indiscutível e suficiente
valor humanitário, a iniciativa também é importante vetor de desenvolvimento
socioeconômico para o país. “Os imigrantes e refugiados ajudaram e ajudam a
construir o Brasil, que é constituído por uma sociedade plural e diversa. Assim
como na nossa história, no presente e no futuro, eles têm e terão condições de
oferecer ao país intercâmbio cultural, científico, tecnológico, laboral e,
sobretudo, trazem o espírito empreendedor daqueles que buscam uma nova
oportunidade de vida”, destaca Vasconcelos.
Além da capacitação empresarial, a parceria quer estimular a formalização dos
empreendimentos dirigidos pelos refugiados e facilitar o acesso ao crédito para
esse público. “O empreendedorismo é uma forma de incluir socialmente e
economicamente os milhares de refugiados que o Brasil abraçou. É uma chance de
eles conquistarem parte da vida que deixaram para trás”, afirma o presidente do
Sebrae, Guilherme Afif Domingos.
O diretor superintendente do Sebrae em São Paulo, Bruno Caetano, explica que a
proposta de ação do projeto é muito prática, os refugiados serão orientados
desde o plano de negócios até como obter crédito em uma instituição financeira.
“Queremos despertar nesse público as possibilidades que o empreendedorismo
oferece em termos de ocupação e geração de renda”, enfatiza.
De acordo com o Conare, existem no Brasil 8,6 mil refugiados reconhecidos e
mais 20 mil solicitantes de refúgio. A maioria é formada por sírios, angolanos,
colombianos, congoleses e libaneses.
O projeto-piloto começa no dia 26 de abril e será composto por quatro fases. Na
primeira, será oferecida uma palestra de sensibilização e capacitações on line.
Os refugiados que quiserem continuar no programa poderão participar
presencialmente de um pacote de cursos do Sebrae. A terceira e quarta etapa
serão voltadas para a formalização dos empreendimentos desse público e para a
possível obtenção de crédito empresarial.
"Essa
parceria é mais uma etapa nas polícias públicas voltadas a garantir melhor
integração social, autonomia e geração de renda a refugiados", acrescenta
o presidente do Conare.
Apoio
Para chegar até os refugiados, o Sebrae e o Conare contarão com o apoio da
prefeitura de São Paulo, oito organizações não governamentais e entidades
(Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados - ACNUR, Instituto de
Reintegração de Refugiado - ADUS, Associação de Assistência a Refugiados no
Brasil - OASIS, Biblioteca e Centro de Pesquisa América do Sul – Países
Árabes, Caritas Arquidiocesana de São Paulo - BIBLIASPA, Eu Conheço meus
Direitos - IKMR, Associação Nacional de Juristas Evangélicos e Missão Paz -
ANAJURE).
Para participar do projeto Refugiado Empreendedor, os refugiados devem falar
português básico, estar no Brasil há pelo menos um ano e possuir CPF.
De acordo com a Convenção das Nações Unidas sobre o Estatuto dos Refugiados
(1951), “um refugiado é toda pessoa que, por causa de fundados temores de
perseguição devido a sua raça, religião, nacionalidade, associação a
determinado grupo social, opinião política, encontra-se fora de seu pais de
origem, e que, por causa dos ditos temores, não pode ou não quer regressar ao
mesmo.”
Tal Convenção, ratificada por 147 países, entre os quais, o Brasil, cria
obrigações para que os governos ofereçam aos refugiados, condição de trabalho
legal e seguro, bem como acesso à rede de serviços públicos do país. (Fonte:
Ministério da Justiça - www.justica.gov.br). ANTONIO HONORIO VIEIRA, Contador CRC/ES, Consultor Especializado em
Vistos para Estrangeiros. Contato:
Email: vixvisa@gmail.com////Skype: vixvisa////FaceBook: vixvisa///Whatsapp e
telefone: +55 27 99979 1960
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